Um incidente provocado por uma atualização em um software da empresa CrowdStrike resultou na paralisação dos sistemas de informática em escala global nesta sexta-feira, afetando voos nos Estados Unidos, interrompendo transmissões de televisão no Reino Unido e causando impactos nas telecomunicações na Austrália, além de problemas em alguns bancos no Brasil.
A interrupção foi atribuída a um problema com uma plataforma de software de terceiros conhecida como Falcon, desenvolvida pela CrowdStrike. Essa ferramenta normalmente é utilizada para detectar e monitorar invasões cibernéticas, atuando como um guardião nos bastidores das operações online. No entanto, uma atualização defeituosa levou à identificação incorreta de processos normais como ameaças, resultando em falhas de funcionamento ou bloqueio de programas seguros.
O CEO da CrowdStrike, George Kurz, explicou que o problema decorreu de um “defeito na atualização de conteúdo” da Falcon e não de um ataque cibernético direto. A falha afetou especificamente servidores Windows, impactando severamente empresas que dependem desses sistemas, como companhias aéreas e emissoras de TV. Servidores Mac e Linux não foram afetados pela falha.
Tanto a CrowdStrike quanto a Microsoft, cuja plataforma de computação em nuvem Azure utiliza a Falcon, estão trabalhando para corrigir o problema. A Microsoft inicialmente reportou que a causa da pane foi resolvida, mas alguns serviços continuaram a ser afetados por um período. A situação foi completamente resolvida horas depois, embora os efeitos do incidente tenham persistido globalmente.
O impacto foi sentido em diversas partes do mundo, com companhias aéreas cancelando voos, problemas em aeroportos e atrasos em serviços ferroviários, ilustrando a magnitude das interrupções causadas por essa falha técnica em escala internacional.