Como uma assumida notívaga, raramente me surpreendo quando desvio o olhar do Instagram e percebo que já passou muito da hora em que pretendia dormir. Justifico isso para mim mesma: sempre fui acostumada a ficar acordada até tarde, e agora o único momento em que tenho um pouco de tempo sozinha é quando meu marido e minha filha estão dormindo.
Mas o que realmente acontece é que estou procrastinando. Alguns pesquisadores chamam isso de procrastinação do sono ou procrastinação na cama, enquanto uma expressão chinesa traduz-se como “vingança procrastinatória do sono”.
Não importa como chamemos; no meu caso, envolve uma combinação de tecnologia e ansiedade. Fico preocupada, achando que não conseguirei dormir rapidamente, então me convenço de que devo navegar pelas redes sociais até ficar exausta. Isso, juntamente com a falta de autorregulação, como explicam os estudiosos, é o que identifica um procrastinador do sono.
O conceito de procrastinação do sono foi apresentado pela primeira vez em um estudo holandês de 2014, que basicamente o definiu como “não ir para a cama no horário pretendido, sem que haja nenhuma circunstância externa que impeça a pessoa de fazê-lo”. A expressão “vingança” foi adicionada em 2020, com o início da pandemia, mas o conceito em si já existia há muito tempo.
É importante entender os motivos por trás da procrastinação do sono, a fim de evitá-la e garantir uma rotina de sono saudável. Algumas estratégias que podem ajudar incluem estabelecer horários regulares para ir para a cama e acordar, limitar o uso de dispositivos eletrônicos antes de dormir, criar um ambiente propício para o sono e praticar técnicas de relaxamento, como meditação ou respiração profunda.
Lembre-se de que o sono adequado é essencial para o bem-estar físico e mental. Portanto, é importante priorizar o descanso e buscar hábitos saudáveis de sono. Enfrente a procrastinação do sono de frente e desfrute de uma noite revigorante de descanso.