Procurador-geral solicita soltura de Filipe Martins com base em prova de permanência no Brasil

Luiz Antônio
Luiz Antônio
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O principal argumento do procurador-geral da República, Paulo Gonet, para solicitar a soltura de Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), está em um documento apresentado pela operadora de telefonia TIM S.A. Gonet afirmou que as investigações demonstraram que Martins estava no Brasil no final de 2022, durante o período em que Bolsonaro viajou para os Estados Unidos.

“Diversas diligências foram realizadas com o objetivo mencionado. Entre as informações obtidas, as fornecidas pela TIM S.A. em resposta à decisão de 26.6.2024, que ordenou a entrega da geolocalização por Estações Rádio Base (ERBs) do celular de Filipe Garcia Martins Pereira entre 30.12.2022 e 9.1.2023, indicam com razoável certeza que o investigado permaneceu no território nacional durante o período questionado”, declarou Gonet no documento submetido ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Agora, cabe ao ministro Alexandre de Moraes decidir se acatará ou não o pedido da procuradoria. Filipe Martins foi alvo de uma operação destinada a investigar uma suposta organização criminosa envolvida na tentativa de golpe de Estado e na subversão do Estado Democrático de Direito. Nomeada Operação Tempus Veritatis, a ação da Polícia Federal focou em aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo Braga Netto, Augusto Heleno, Anderson Torres, Valdemar Costa Neto, Paulo Sérgio Nogueira e Almir Garnier Santos.

A operação foi realizada em fevereiro e resultou na prisão de Martins, que está detido desde então. Também foram presos o ex-assessor do presidente, Marcelo Câmara, o coronel do Exército e ex-assessor de Bolsonaro, Rafael Martins de Oliveira, o major das Forças Especiais do Exército, e Bernardo Romão Corrêa Neto, coronel do Exército.

A prisão de Martins aconteceu após seu nome aparecer na lista de passageiros do voo presidencial que partiu do Brasil para Orlando (EUA) em 30 de dezembro de 2022. Desde então, a defesa de Martins argumenta perante o Supremo que ele não viajou. Nos autos, há recibos de iFood, comprovantes de movimentações bancárias e um bilhete de viagem doméstica que Martins teria feito no dia seguinte ao que os investigadores alegam que ele teria partido para os EUA.

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