A Organização Mundial de Saúde (OMS) recentemente realizou uma revisão abrangente de suas orientações sobre a ingestão de macronutrientes em uma dieta saudável, com base nas mais recentes evidências científicas disponíveis. Essas mudanças buscam direcionar as pessoas para escolhas alimentares que possam ajudar na prevenção do ganho de peso excessivo e de doenças relacionadas à obesidade, como doenças cardiovasculares, câncer e diabetes tipo 2.
A seguir, destacamos as principais atualizações nas recomendações:
Gorduras: A OMS enfatiza não apenas a quantidade, mas também a qualidade das gorduras na dieta saudável. A recomendação é que um adulto limite sua ingestão diária de gordura a 30% do total de calorias consumidas. Isso corresponde a um máximo de 600 calorias provenientes de gorduras em uma dieta de 2 mil calorias. Além disso, a orientação é que a maior parte das gorduras consumidas seja composta por ácidos graxos insaturados, conhecidos como gorduras saudáveis, encontradas em alimentos como sementes, abacate, peixes e azeite de oliva. A ingestão de gorduras saturadas deve ser limitada a 10% do total de gorduras, enquanto as gorduras trans não devem ultrapassar 1%.
Carboidratos e Fibras: A OMS ressalta a importância de obter carboidratos principalmente a partir de fontes saudáveis, como grãos integrais, vegetais, frutas e leguminosas. Para alcançar essa recomendação, é sugerido que adultos consumam pelo menos 400 gramas de vegetais e frutas diariamente, juntamente com 25 gramas de fibras naturais. Vegetais como agrião, alface, rúcula e espinafre são opções recomendadas para atingir essa meta. O consumo adequado de fibras está associado à redução do risco de câncer colorretal.
Outras Diretrizes da OMS: Além das atualizações mencionadas, a OMS mantém recomendações adicionais para uma dieta saudável. Uma delas é a limitação do consumo de açúcar adicionado a 10% das calorias diárias totais, o que equivale a não mais que 50 gramas em uma dieta de 2 mil calorias. Também vale notar que, a partir deste ano, os adoçantes não são mais recomendados para a população em geral, exceto para pacientes com diabetes.
Essas revisões nas diretrizes da OMS refletem o compromisso contínuo em fornecer orientações baseadas em evidências científicas sólidas, visando promover escolhas alimentares saudáveis e contribuir para a saúde global.
