Uma das principais preocupações dos usuários da Internet é como proteger seus dados pessoais. Essa questão se tornou mais ampla e coletiva devido à crescente digitalização da sociedade, o que resulta na coleta cada vez mais frequente e em maior quantidade de nossos dados, tanto pelo setor público quanto pelo privado.
A pesquisadora Júlia Mendonça, do Data Privacy Brasil, destaca que essas ações vão desde a coleta de dados por meio de ferramentas de reconhecimento facial até o uso de “profiling”, que direciona publicidade comercial de acordo com nossos interesses.
Para garantir a proteção de dados pessoais na Internet, foram criadas legislações importantes, como o Marco Civil da Internet em 2014 e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) em 2018. Ambas as legislações têm o objetivo de regular e equilibrar as relações e assimetrias de poder na coleta e tratamento de dados, garantindo a proteção da autonomia e dos direitos fundamentais dos cidadãos.
No entanto, vazamentos de dados ainda são comuns, e nossas informações pessoais estão presentes em diversos lugares, desde compras em lojas físicas até o ambiente online. Os titulares dos dados são frequentemente incentivados a ceder seus dados como uma espécie de “moeda de troca”, o que gera preocupações com a privacidade e a segurança.
Para proteger os dados pessoais, é essencial ser seletivo ao compartilhar informações e criar senhas fortes, evitando repeti-las. A verificação em duas etapas pode adicionar uma camada extra de proteção ao acesso às contas. É importante trocar senhas expostas em vazamentos e guardar as senhas de forma segura.
Além disso, é fundamental ter cuidados pessoais com contas importantes, não compartilhar senhas e códigos de verificação e escolher perguntas e dicas de segurança difíceis de serem adivinhadas. Não se deve ignorar os avisos e alertas de login, pois eles podem ajudar a detectar atividades suspeitas.
O debate público sobre segurança de dados tem crescido, levando as pessoas a ficarem mais atentas e a questionarem a necessidade de ceder informações pessoais. Reflexões sobre o tema são importantes para melhorar a relação entre usuários e detentores de dados, visando à proteção dos dados pessoais e à garantia dos direitos dos cidadãos.
