O Banco Central confirmou que a moeda virtual equivalente ao dinheiro em circulação, o real digital, se chamará Drex. A confirmação foi feita pelo economista do BC, Fábio Araujo, coordenador da iniciativa, durante uma transmissão ao vivo semanal da autoridade monetária no YouTube.
O nome Drex é composto pelas letras que representam características da nova moeda digital. O “D” se refere a “digital”; o “R” representa o “real”; o “E” simboliza “eletrônico”; e o “X” sugere modernidade e conexão, além de repetir a última letra do Pix, sistema de transferência instantânea criado em 2020.
De acordo com o BC, o Drex irá simplificar a vida dos brasileiros. O órgão destacou que essa solução, anteriormente conhecida como Real Digital, proporcionará um ambiente seguro e regulamentado para o surgimento de novos negócios, permitindo um acesso mais democrático aos benefícios da digitalização da economia para cidadãos e empreendedores.
Diferentemente das criptomoedas, que têm sua cotação determinada pela demanda e oferta e são caracterizadas por alta volatilidade, o Drex terá o mesmo valor do real. Cada R$ 1 será equivalente a 1 Drex, sendo que a moeda digital será garantida pelo Banco Central, ao contrário das criptomoedas que não possuem garantia de autoridade monetária.
O Drex será uma moeda de atacado e não será acessado diretamente por correntistas. Em vez disso, será acessado por meio de carteiras virtuais associadas a instituições de pagamento, como bancos e correspondentes bancários. Os clientes poderão depositar reais nessas carteiras e realizar transações com a versão digital da moeda.
O Drex funcionará, na prática, como uma extensão do Pix, porém com finalidades e escalas de valores diferentes. Enquanto o Pix é utilizado principalmente para transações comerciais dentro de limites de segurança, o Drex poderá ser empregado para aquisição de imóveis, veículos e até títulos públicos.
Atualmente em fase de testes desde o início do ano, o real digital tem previsão de estar disponível para a população somente no final de 2024. O Banco Central escolheu a plataforma para as transações em março e, nos últimos meses, autorizou 16 consórcios para desenvolver ferramentas e instrumentos financeiros que serão testados no novo sistema.
Os testes com esses consórcios, previstos para começarem em setembro, envolverão operações simuladas para avaliar a segurança e agilidade entre o real digital e depósitos tokenizados de instituições financeiras. Esses testes serão realizados em etapas, com transações simuladas de títulos do Tesouro Nacional programadas apenas para fevereiro do próximo ano.