Encerramos julho com o dólar sendo cotado a R$ 4,7291 na venda. Agora, os olhares do mercado se voltam para a taxa de juros, que será definida amanhã após o fechamento do mercado. A expectativa é de que o Comitê de Política Monetária (Copom) realize um corte nos juros, mas as opiniões estão divididas entre uma redução de 0,25 e 0,5 ponto percentual. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano.
Tradicionalmente, quando os juros caem no Brasil, o dólar tende a subir. No entanto, o corte de 0,25% já está considerado no câmbio. O que poderia surpreender é se não houver nenhum corte, ou se o Banco Central optar por uma redução de 0,5%.
Quanto aos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) deve acompanhar de perto os indicadores econômicos para embasar a próxima decisão de juros por lá. Para manter a inflação sob controle, o Fed precisa monitorar o mercado de trabalho nos EUA e o crescimento dos salários. Na próxima sexta-feira, o Banco Central americano avaliará a eficácia de sua política de juros mais elevados em relação a esses indicadores, quando o relatório de empregos de julho, conhecido como “Payroll”, for publicado.
No calendário econômico de hoje, na Europa, estaremos atentos ao Índice de Gerentes de Compras (PMI) do setor industrial de julho e à taxa de desemprego de junho. Por aqui, no Brasil, teremos os dados da produção industrial de junho e o PMI do setor industrial.
Temos pela frente um cenário de importantes decisões econômicas tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, e o desempenho dessas medidas terá impacto significativo em nossas economias. Ficaremos atentos aos desdobramentos e aguardaremos os resultados com expectativa.