Em meio a um cenário onde cada vez mais pessoas falam sobre dinheiro e produtos financeiros na internet, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) definiu novas regras que responsabilizam as instituições financeiras por eventuais postagens de seus influenciadores digitais que possam induzir o público ao erro.
A iniciativa tem como principal objetivo aumentar o nível de transparência nas relações publicitárias entre as empresas e os influenciadores, além de proteger o público de propagandas enganosas.
Contratos Regulamentados: Qualquer publicidade de influenciadores para instituições financeiras deve ser regida por contrato, especificando os produtos financeiros ou serviços a serem divulgados.
Transparência: Os influenciadores devem sinalizar de forma clara que se trata de uma publicidade sobre produtos ou serviços financeiros.
Responsabilidade Compartilhada: As instituições financeiras serão corresponsáveis por qualquer publicidade relacionada aos seus produtos ou serviços, garantindo que as publicações sigam as regras de publicidade e sejam verídicas.
Certificação Necessária: Se a publicidade envolver recomendação ou análise de produtos financeiros, a instituição deve garantir que o influenciador tenha a certificação e autorização necessárias para falar sobre o assunto.
Documentação Armazenada: Documentos relacionados à contratação do influenciador e às publicidades devem ser armazenados por pelo menos um ano e disponibilizados quando necessário.
Essas regras visam garantir que as instituições financeiras sejam responsáveis por qualquer conteúdo de influenciadores que possa levar o público ao erro, aumentando a transparência e protegendo os consumidores. A Anbima realizou audiências públicas para definir essas regulamentações, com a participação de influenciadores, e as regras entrarão em vigor em novembro.