Segundo a especialista, relatos como o da influencer são comuns e se for necessário, a gestante pode operar para retirar a mama acessória.
A influenciadora digital e anfitriã do Poddelas, Tata Estaniecki, deu à luz recentemente ao Caio, seu segundo filho com o humorista e também influencer Júlio Cocielo. Mas o assunto que agitou a web foi a revelação que Tata fez em suas redes sociais. A influenciadora compartilhou com seus seguidores que tem uma mama acessória em uma das suas axilas. O fenômeno também é popularmente conhecido como “terceira mama”.
Tatá revelou que o fato mais curioso é que a mama acessória está produzindo leite como as outras. A ginecologista Ana Comin explicou que por mais que o assunto tenha ganhado repercussão depois do relato da influenciadora, a mama acessória “é mais comum do que se imagina”.
A mama acessória trata-se de uma falha na formação mamária, que ocorre em torno da quinta semana do embrião. A formação se dá desde o broto mamário do membro superior até próximo ao broto mamário do membro inferior, e vai se fechando de forma crânio caudal, tanto de cima para baixo, quanto de baixo para cima ventralmente, ou seja, como se fosse uma concha, e se organiza como mama.
A Dra. Ana Comin ainda complementa: “Se esse fechamento deixou resquícios no caminho, por esse caminho pode ficar tecido mamário, então, pode-se encontrar tanto o mamilo quanto a glândula mamária, esta última, mais comum de ser encontrada na região da axila, enquanto aréola e mamilo é mais comum de encontrar abaixo da mama, na região de abdômen e pelve, bem na linha – chamada crista – em que o mamilo e a aréola estão na mama”, relata.
A especialista afirma que é bastante comum gestantes descobrirem porque durante a gestação, a mama aumenta de volume, aí na axila também aumenta de volume. “Aí elas perguntam para o médico o que é, e então, descobrem essa glândula. Se for algo que incomode ou dói muito, às vezes tem que operar ainda quando ela está gestando ou logo depois que ela ganha o bebê, o que tem problema nenhum se opera ou se tira”, falou a médica sobre a identificação.
Sobre a possibilidade de a gestante operar, Dra. Ana foi bem direta: “Lógico! Quando a gestante tem uma apendicite, o que é que vai fazer? Tem que operar. É lógico que se puder evitar, você evita. Mas, não pode evitar, paciência”, conclui a especialista.