Esse raro transtorno resulta em uma confusão mental que leva a pessoa a buscar “refúgio” em outras identidades. Esse processo mental é responsável pela desconexão que a pessoa sente com sua própria personalidade real.
De maneira abrupta, algo acontece, ocorre um lapso de pensamento e, de forma espontânea, emerge outra personalidade. Parece como se houvesse outra “pessoa” dentro daquele indivíduo, surgindo em instantes como uma troca de personagens, algo frequentemente retratado na dramaturgia. Isso frequentemente é confundido com dupla personalidade, esquizofrenia, bipolaridade e outros tipos de transtornos psíquicos.
De acordo com especialistas na área, a origem desse transtorno está frequentemente ligada à infância e é causada por traumas intensos vivenciados em determinada fase. Esses traumas podem estar relacionados a abusos psicológicos, físicos e até mesmo sexuais. A partir desse ponto, a criança cria um mecanismo de defesa, desenvolvendo outra personalidade como forma de “proteção” contra situações ou exposições negativas e prejudiciais. É como uma forma de autodefesa.
Outros especialistas sugerem que a falta de conexão, pertencimento e vínculo afetivo com um adulto é um fator agravante. Pode ser que o rompimento e o trauma emocional com um adulto ao qual havia um forte vínculo, quando ocorre de maneira abrupta, leve a esse tipo de comportamento.
Os sintomas mais comuns em pessoas que sofrem desse transtorno incluem amnésia, desmaios, alucinações e confusões falsas, ansiedade, mudanças drásticas de humor, automutilação, comportamento autodestrutivo e impulsividade.
Essa condição provoca grande sofrimento para o indivíduo portador, que frequentemente é mal compreendido, julgado e até excluído de algumas interações sociais.
Conforme estudos, não existe uma cura definitiva para essa doença, mas é possível encontrar formas de controle. De acordo com o site da CNN, no artigo intitulado “TDI: entenda o transtorno em que paciente apresenta mais de uma personalidade”, afirma-se o seguinte: “A evolução da doença é variável. Alguns pacientes podem experimentar episódios em certos períodos de suas vidas, enquanto outros podem viver com o transtorno ao longo de toda a vida. O tratamento geralmente envolve psicoterapia, com a necessidade ocasional de medicamentos psicotrópicos”, conforme relatado por Martins, um médico especialista.
Esse é um assunto que deve ser abordado com muita seriedade, uma vez que impacta não apenas o indivíduo, mas também sua família e círculo social mais próximo. É fundamental compreender que, para abordar questões tão complexas que exigem dedicação, psicologia e empatia, é necessário começar com amor, tolerância e dedicação. Adotando essa abordagem, tudo pode se tornar mais leve e manejável!