O Governo do Distrito Federal (GDF) anunciou, nesta terça-feira (3), um edital com um orçamento de R$ 12 milhões destinado a organizações da sociedade civil interessadas em concorrer à responsabilidade pelas festividades de fim de ano na capital. O contrato será gerenciado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa.
O projeto foi renomeado e passará a ser chamado de “Réveillon Cidade Luz”. Anteriormente, a celebração era conhecida como “Brasília Iluminada”, mas enfrentou controvérsias em 2021, incluindo uma investigação policial.
Conforme o edital publicado nesta terça-feira, a ideia é iluminar o centro da capital, abrangendo locais como a Esplanada dos Ministérios, Praça do Buriti, Praça do Cruzeiro e Rainha da Paz. A festa está programada para começar em 15 de dezembro e se estenderá por 18 dias consecutivos, englobando o período que antecede o Natal e se estende após a virada do ano.
A organização civil selecionada será responsável pela coordenação, produção e infraestrutura dos espetáculos artísticos de Ano Novo em pelo menos quatro regiões:
- Ceilândia;
- Planaltina;
- Praça dos Orixás, no Setor de Clubes Sul;
- Esplanada dos Ministérios.
O projeto deste ano terá um custo R$ 2 milhões menor do que o “Brasília Iluminada” de 2021, que enfrentou problemas. A montagem atrasou, começou de forma incompleta próxima ao Natal e não durou um mês.
Em janeiro de 2022, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e a Polícia Civil conduziram a operação “Tenebris” para investigar suspeitas de fraude e superfaturamento na execução do projeto. Segundo a investigação, o governo celebrou um contrato com uma organização, mas o objetivo era subcontratar uma empresa.
Na época, a Secretaria de Economia afirmou que “o processo de contratação da empresa responsável pelo Brasília Iluminada seguiu a legislação vigente”. O então secretário, André Clemente, alegou não ter envolvimento com o contrato.
Devido à polêmica, no ano passado, o governo lançou um edital semelhante ao deste ano, porém, no valor de R$ 14 milhões. Entretanto, as propostas das entidades não foram aceitas e, diante da reação negativa, o projeto de iluminação foi cancelado.